16/03/15

Três coisas que minha vó me ensinou


1. O que vem fácil, vai fácil

2. Confiar na tal da intuição

3. Saber rir da própria desgraça

12/11/08

Metade


"Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.

Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também"


- Do mestre Ferreira Gullar


11/11/08

Vero

"O deslumbramento
é a peste bubônica
do século XXI."

Citação genial do José Carlos Tinoco .

02/10/08

Ch-ch-ch-ch-changes

Então deve ser essa a tal da bonança. E achei justo que esse abandonado blog acompanhasse o processo de mudanças que eu estou passando. Vale dizer que:

  • Apaguei os textos e comentários que eu achei que devia. Se tinha quem gostasse, foi mal. Novos ventos.
  • Não, eu não deixei de ser rabugento, rancoroso nem mal humorado. Nem sequer me tornei mais tolerante.
  • Pretendo ser um pouco mais comprometido com esse espaço. E até mesmo tentar escrever um pouco melhor.
    (ok, agora eu forcei a barra)

No mais é isso. Aguardem novos posts. Ou não.
Mas me desejem sorte nessa nova fase. Eu mereço.


02/09/08

Ele te lembra alguém?


Sobre o novo campeão de Boxe pela AMB:

O peso pesado da Associação Mundial de Boxe (AMB) tem um novo, e grande, campeão. Com 2,13m, Nikolai Valuev recuperou no último sábado o título ao derrotar o “baixinho” Jorge Ruiz, em Berlim, na Alemanha. Com “apenas” 1,88m e 30kg mais leve que o adversário, Ruiz batalhou para encontrar a distância perfeita para poder bater e não ser atingido pelos potentes golpes do adversário. No final, o americano reclamou da decisão dos juizes, que deram a vitória ao gigante russo.
(via: Globoesporte.com)

Falando sério (na medida do possível), só eu achei ele a cara do Shrek, o já lendário ogro da Dreamworks?

Temos que admitir que o cara tem todos os requisitos para um campeão do boxe moderno: cara de psico/mongol e uma envergadura grotesca que torna bem complicado brigar com ele de igual pra igual. O desgraçado tem 2.13m (!) de altura.
E quase isso de largura. Para você ter noção, ele sentado é maior do que o seu coach em pé.
(e juro que não usei o Photoshop dessa vez).


O cara é um monstro. E se repararmos bem, podemos ainda desconfiar que ele tem algum tipo de parentesco com outra celebridade, essa total oldschool:


Quanta besteira...


05/08/08

Forget her.

while this town is busy sleeping
all the noise has died away
i walk the streets to stop my weeping
‘cause she'll never change her ways

don't fool yourself
she was heartache from the moment that you met her
my heart feels so still
as i try to find the will to forget her somehow
oh i think i've forgotten her now

her love is a rose pale and dying
dropping her petals and men unknown
all full of wine the world before her
was sober with no place to go

don't fool yourself
she was heartache from the moment that you met her
my heart is frozen still
cause i try to find the will to forget her somehow
she's somewhere out there now

oh my tears are falling down as i try to forget
her love was a joke from the day that we met
all of the words all of the men
all of my pain when i think back to when
remember her hair as it shone in the sun
the smell of the bed when i knew what she'd done
tell yourself over and over you wont ever need her again

But don't fool yourself
she was heartache from the moment that you met her
oh my heart is frozen still
as i try to find the will to forget her somehow
she's out there somewhere now

oh
she was heartache from the day that i first met her
my heart is frozen still
as i try to find the will to forget you somehow
cause i know you're somewhere out there right now



* música do GENIAL Jeff Buckley.
Dor de cotovelo da melhor qualidade


06/06/08

E os argentinos tomaram no ...


E o pessoal da globo.com com sua habitual falta de atenção.
Piada pronta. Obrigado.


21/04/08

Fez & Rafa vs Vídeo Nojento


Fuçando hoje no iPhoto achei esse vídeo tosco que íamos mandar para o Best Reactions, mas perdemos para a preguiça. Ali sentado é o meu amigo Daniel Chakos (a.k.a Fez) vendo aquele vídeo nojento que todo mundo já viu
(e quem não viu não perdeu nada).

ps: o Rafa (se escondendo atrás do boné) rouba a cena.


16/04/08

Ontem Morri

De saudades de você.
De tudo em você.

Mas você não estava aqui.


Declínio e Queda do Ocidente

"Talvez a miséria tenha chegado. Não se pode viver da própria alma. Não se pode pagar o aluguel com a alma. Experimente fazer isso um dia. É o início do Declínio e Queda do Ocidente, como Splenger dizia. Todo mundo é tão ganancioso e decadente, a decomposição realmente começou. Eles matam gente aos milhões nas guerras e dão medalhas por isso. Metade das pessoas deste mundo vai morrer de fome enquanto a gente fica por aí sentado vendo TV."

- Charles Bukowski


24/03/08

Isso sim é "Vestir a Camisa"


Valdívia, do Palmeiras, masturbando a napa.
Limpar o salão é passível de perdão.
Mas degustar a meleca é punk.

Agora sim ele se eternizou no Palestra.


18/03/08

Reza

Hoje acendi uma vela
pra ela
foi porque lembrei
de muita coisa
dos sorrisos
seu corpo
do pé
dos filmes
abraçadinhos

Então lembrei
da falta de caráter
de todos os vacilos
mentiras
e de como
ela cagou tudo
jogando pro alto
então cuspi no dedo
apaguei a vela
e guardei
pra caso faltasse luz.

nunca se sabe.


17/03/08

A Cura

A cura para quase qualquer mal está na sua cabeça.
Sua cabeça no ombro de alguém que te mereça.

A cura você também encontra no corpo.
Em um corpo que te acenda, e faça você menosprezar todos os outros que já estiveram colados ao seu um dia.

Se você procurar pode até encontrar a cura.
Se você deixar, ela te procura.


12/03/08

Medo e Delírio na Itapemirim

Moralmente ressacado e entregue ao cansaço acumulado, caminhava rumo a Plataforma 27 com o estômago e o humor azedos. Tentando procesar todas informações, das mais orgânicas até as mais binárias, tentando enfileirá-las de forma a não me perder no processo. Estava convencido que a viagem seria uma merda, pelo horário mais que conveniente pra isso, e pela sombra de meu amigo Murphy, sempre presente. Já não bastasse eu odiar essa viagem SP/RIO via terra, e simplesmente ter um cagaço abissal de voar nas famigeradas pontes aéreas. Algum puto podia inventar uma merda de um teletransporte.

Poltrona 22, corredor. Do meu lado um adolescente típico, narigão, orelhão, acne comendo solta e aquela cara de punheteiro característica desse período. O que diferenciava ele de qualquer adolescente era a sua altura. O garoto parecia ter gigantíase, mal cabia na poltrona do ônibus executivo (que aliás, de executivo não tem porra nenhuma, pois se eu fosse executivo não comeria nenhuma daquelas merdas que vem no kit larica). Até aí tudo caminhava apernas para uma viagem desconfortável com o Mr Puberdade ao lado.

Até completar 20 minutos de viagem.

Foi aí que percebi após certo alarde, que não se tratava da porra de um adolescente. Não era um caso isolado. Era a porra de um time de basquete infanto-juvenil que habitava todas as últimas cadeiras, além de uns gatos pingados espalhados por todo o ônibus. Agora reflita:

Intermináveis 6 horas num ônibus meia boca já era de foder. Somando aí cerca de uns 20 aborrecentes gigantes, sendo uns 10 atormentando esse trajeto, era digno de eutanásia. Botei o fone de ouvido com Philadelphia Experiment quase que no máximo, e internamente entoava o mantra: foooooooodaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa-se.

Eu era o equilibrio em pessoa, afinal já tinha sido adolescente, podia entender o que eles estavam passando. Poderia lidar tranquilamente com aquilo.

Mentira.

Eu queria matar um por um. De alguma forma dolorosa. Almaldiçoei até a quinta geração de cada um deles, desejei a todos a maior desinteria que uma cavidade reto-anal pudesse suportar. Eles gritavam coisas sem sentido, e gritavam muito, num ritual estranho que de longe parecia uma conversa ginasial. Pareciam incapazes de completar uma sentença sequer passível de total compreensão. No outro lado do corredor, percebo uma menina com cara de intelectual grunhindo, virando os olhos de ódio. Eles estavam realmente incomodando, e não era só ao rabugento que vos fala.
Menos mal.

Entoe o mantra: foooooooooooodaaaaaaaaaaaaaaaaaa-se.

Não dava. Eles pareciam fora de controle. Já vasculhava minha mochila em busca de algo pontiagudo, e/ou pesado. E depois de uma hora e quarenta de viagem ouvindo as "conversas" mais variadas, percebi que hoje os jovens são bem maiores, e também bem mais babacas. Os garotos de 15 anos na minha época eram muito menos boçais. Ou não? Deve ser o maldito hormônio no frango do chickenitos. Ou essas merdas de animês.

Parada do ônibus. Inevitável comentar com a suposta intelectual, que após 5 minutos de papo me fez parecer um cara bem mais paciente do que eu achava. Ela excomungou cada um dos teenagers, desejou de bala perdida pra cima. Talvez eu fosse um nice guy até. Fumo três cigarros na sequência para acumular nicotina pro resto da jornada, e volto pro meu lugar. Cinco minutos de silêncio. Contados no relógio. Recomeçou a algazarra.

Foi depois disso que começou o processo surto.

O moleque do banco de trás começou a dar chutes de exaltação atrás da minha poltrona, tinha algo semelhante a convulsões rindo e falando sobre peitos das amiguinhas ginasiais. Era o fim. Foi nesse momento que incorporei o Anton Chigur, bad ass supremo de todos os tempos.

- Porra, dá pra parar de chutar minha poltrona?

Foi aí que vi medo no olhar do frangote. E foi então que fui tomado pela autoconfiança, e descobri que os putos só tinham tamanho. Poderia aguentar um deles na porrada em um caso extremo, afinal eu tinha a malícia de um semi balzaquiano que havera sido briguento quando moleque. Mas se viesse mais de um, me matariam fácil.

A gota d'agua foi quando um dos malditos despejou um pacote esfarelado de biscoito no corrredor do ônibus

- Caraleo, vocês passaram do limite! Que porra é essa? - esbravejei como se eu tivesse bem mais q meus miserentos 1.75m. Cresci.

- Tão pensando que essa porra é uma excursão pro Playcenter? Não estão vendo que vocês estão sendo um estorvo, estão incomodando a todos aqui? O que tenho que fazer pra vocês entenderem isso?

Foi então que vi medo no olhar deles enquanto pediam desculpas, se entreolhavam com um misto de cagaço e estranheza. Naquele momento eu me senti um Jack Bauer versão latin lover, e o fato de eu aparentar ter nanismo perto deles não tinha mais peso nenhum. Eles provavelmente acreditaram que eu era maluco, um psicopata. A tatuagem gigante no braço somada ao olhar de fúria extrema tinha mais poderes do que eu imaginava. E eles devem ter pensado que eu era o tipo de cara que colecionava vítimas enterradas no jardim de casa.

– E tem mais: recolham essa merda que vocês fizeram no corredor. Tão pensando que o ônibus é o que? Vai, limpa essa sujeira que fizeram AGORA!

Deus, eu era um monstro. O silêncio tomou conta do ônibus, os outros passageiros me olhavam com um olhar comovido de agradecimento, enquanto os frangotes arrumavam a bagunça. A intelectual razinza fazia mímicas e sussurrava "meu héroi".

Fui tomado por uma ótima sensação de dever cumprido. Agora era só torcer pra que eles não percebessem que eu era só um semi-anão surtado. E não resolvessem se juntar pra me espancar quando o ônibus chegasse à Babilônia.

03/03/08

Constatação


Mictório On the Rocks: bem mais legal de mijar.


28/02/08

Pérola da Noite

"nunca escrevi tanto na minha vida sobre uma idéia minha...to me sentindo meio deus"

Obrigado Rafa.


23/02/08

É fistáile



21/02/08

Animador


Valeu hein! Agora sim vão me dar valor...


17/02/08

Despertar

Eis que então,
o vento sopra a favor
as luzes iluminam os lugares certos
a bola entra sem sequer resvalar a trave
as notas saem formando a melodia
que eu gostaria de ouvir
o medo se torna impulso
a vontade combustível
sem mais espaço pra inércia
agora quero a fluidez do bom combate

eis que a busca
se torna a descoberta
E o suor, sua consagração.


14/02/08

Aviso

Os que me conhecem sabem que eu sou corinthiano roxo. Algumas vezes de amor, outras de ódio, mas sou.

Hoje meu time ganhou de 6x0 do timaço do Barras do Piauí (modo sarcasmo off) e se garantiu antecipadamente na próxima fase da Copa do Brasil.

Dentinho fez três tentos, e confirmou a boa fase. Fiquem de olho no moleque. Pelo menos enquanto algum clube gringo fileodaputa não leva ele embora.

O Lulinha (grande promessa) desencantou e fez seu gol, que já era quase folclore. Herrera, o argentino com cara de bundão e rei do quase-gol, correu muito e também fez.
Até o Marcel deixou o dele.

Vai chover.
Sapos.
Tranquem as janelas e rezem.

Só pode ser o apocalipse.